Will Eisner Desenhista, roteirista e editor 6 de março de 1917 Nova York (EUA) Principais criações: Sheena , Doll Man , Spirit , The Dreamer , O Edifício , Contrato Com Deus e outras Hoje, Eisner é o nome do principal prêmio dos quadrinhos norte-americanos. E, invariavelmente, Will Eisner é o artista mais aplaudido nas cerimônias de fechamento da Convenção de San Diego, a mais importante dos EUA. Poucos (se tem algum) outros artistas podem rivalizar com Eisner quanto ao respeito e admiração que ele desperta. É unânime a conclusão que ele tenha sido o grande artista norte-americano no mundo dos gibis. George Herriman, Milton Caniff e Al Capp podem ser os reis dos quadrinhos de jornal. Mas Eisner ocupa uma posição única na história dos gibis. Esse nível de badalação, no entanto, surgiu muito tempo depois que Eisner deixou de desenhar seu clássico Spirit . Durante décadas Eisner não foi sequer citado na gigantesca maioria dos livros de história dos quadrinhos. A reavaliação da importância de Eisner começou com o sucesso de seu discípulo Jules Feiffer. Feiffer, que começou como assistente de Eisner nos anos 40, tornou-se um astro da cultura pop norte-americana nos anos 60 graças aos seus cartuns publicados no Village Voice e um Oscar que recebeu por seu desenho animado Munro (61). E com todo respeito que merecia, Feiffer escreveu em 1965 o livro The Great Comic Book Heroes , uma história dos quadrinhos que, entre outras coisas, destacava o trabalho de Eisner. Provavelmente por causa disso, em janeiro do ano seguinte, Eisner aceitou desenhar uma pequena HQ do Spirit para o New York Herald Tribune , treze anos depois de haver abandonado o personagem. Na sequência, desenhou mais duas histórias lançadas em gibi pela Harvey Comics. O revival de Spirit começaria realmente em 1973, quando as antigas histórias passaram a ser republicadas pela Warren, uma editora alternativa famosa por ótimos gibis de terror como Creepy e Vampirella . Rapidamente a série passou a ser publicada na Europa e então foi o sucesso. O Gibi da Rio Gráfica Editora, foi um das primeiras revistas fora dos EUA a perceberem o valor da série. Além de publicá-la em sua edição normal do Gibi , a Rio Gráfica lançou duas edições especiais da série. No Brasil a série se tornou muito popular. Foi publicada por diversas editoras (inclusive a Acme, que edita a Herói ) e teve uma série de álbuns lançados pela L&PM. Mas depois daquelas histórias publicadas pela Harvey nos anos 60, Eisner resistiu a voltar a produzir HQs do Spirit. Tem se resumido a desenhar novas capas para os gibis que republicam o material antigo. Isto não significa uma aposentadoria. Eisner desenhou diversas graphic novels (termo que ele inventou), manuais para desenhistas de quadrinhos (o indispensável Quadrinhos e Arte Sequêncial foi lançado no Brasil, pela Martins Fontes) e roda o mundo participando de eventos que promovam as histórias em quadrinhos.